As perguntas feitas pelos vereadores abordaram, principalmente, temas voltados à saúde financeira do Centro Universitário. Sávio mostrou favorável em fazer uma gestão que revitalize a credibilidade da instituição nos campos financeiros e na qualidade dos cursos. Ele lembrou que o orçamento para 2012 foi de R$ 78 milhões, mas, devido a falta de convênios com os governos municipais, Estadual e Federal só alcançou R$ 44.770.000,00, com uma defasagem na previsão de receitas de R$ 23 milhões. “A arrecadação mensal da Unirg (mensalidades) comporta numa média de R$ 3,5 milhões e 99% desta renda vem das mensalidade, fonte principal da renda. A previsão era que concluíssemos 2012 com uma receita de 78 milhões, contudo nós só alcançamos aferir R$ 44.700.000,00, havendo ai uma defasagem de R$ 23 milhões”, disse.
Atraso de salário e de preceptores
Segundo Sávio Barbalho ele herdará uma dívida com a folha, referente ao mês de dezembro, no valor de R$ 740 mil. “Uma folha de pagamento aos professores contratados que não foi paga e fica em torno de R$ 540 mil e R$ 200 mil não foi pago aos preceptores que são os profissionais que acolhem os acadêmicos de medicina na outras localidades. E em caixa ficou R$ 400 mil. Em outros termos estou com o caixa zerado”.
Segundo Sávio as projeções para o mês de janeiro de 2013 indicam um gasto de R$ 4,3 milhões, sendo que a arrecadação mensal esperada é de R$ 3.5 milhões. Ele informou ainda que R$ 2,5 milhões são destinados para o pagamento dos salários e restam R$ 1 milhão para manutenção da Fundação e do Centro Universitário Unirg. “As projeções indicam que eu terei um gasto de R$ 4,3 milhões que inclui a folha de pagamento, folha de preceptores, pagamento dos estagiários e uma série de compromissos”, disse. “A expectativa do prefeito Lauez é que pelo menos 10% do que arrecada seja revestido em investimento”, acrescentou.
Proeducar
Sávio defendeu que existe uma dívida dos últimos três governo do Estado no valor de R$ 4 milhões. “Tem débito dos governos passados de Marcelo Miranda, Gaguim e do atual governo. Nós temos os problemas que governos passados não querem pagar as contas de outros governos e ai este R$ 4 milhões acabam não sendo reconhecidos. Mas estou sentindo que tem uma janela boa aberta no âmbito do discurso para que isto se concretize. O senador ( Secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira) tem abordado sinalização positiva neste sentido. Eu acredito que estes R$ 4 milhões não ficará no discurso não”.
Contenção de despesa com qualificação de professores
Segundo Sávio atualmente na Unirg a qualificação de seis professores geram por ano em torno de R$ 1 milhão. “Cada professor que sai para uma qualificação necessita de um outro professor. A qualificação é importante só que ela é extremamente onerosa para a Fundação e isso vai ter que ser revisto. Hoje eu estou com seis professores liberados para a qualificação e nós temos um gasto com eles de R$ 500 mil, quando eu dobro, pensando no substituto, esta despesa anual de seis professores fica em R$ 1 milhão”.
Reajuste de Mensalidades
Sávio comparou o valor das mensalidades pagas em outras universidades com a do Centro Universitário Unirg. “Os nossos cursos estão defasados. Estou aqui com a minha sobrinha que passou no curso de Direito agora e ela foi matriculada no CEUB em Brasília no vespertino pagando R$ 1 mil e se fosse no período matutino ela pagaria R$ 1.300,00. Aqui nós estamos com um curso de Direito com R$ 400,00. Em Palmas o curso de Direito é de R$ 800,00 a R$ 900,00. Eu não estou querendo dizer que vamos chegar uma mensalidade neste valor. Recentemente esteve em minha casa um estudante de medicina que veio de São Luiz (MA) de uma faculdade privada de Medicina que pagava R$ 5 mil e mesmo assim disse que era uma concorrência terrível. Ele veio para Gurupi porque Medicina ficava R$ 2.500,00”.
Unificação dos 11 prédios espalhados pela cidade.
A criação de uma cidade Universitária em volta do Campus I também foi defendida por Sávio Barbalho. “Se nós conseguirmos condensar toda a Fundação Unirg e todo Centro Universitário em um único ambiente podem ter a certeza que haveria uma economia relevante para a Fundação. O intuito é este, mas para isso precisamos terminar o Campus I”.
Intervenção em cursos oferecidos
Ele defendeu ainda que antes que comece o semestre haverá um intervenção em quatro cursos oferecidos pelo Centro Universitário. “Existem quatro cursos que precisam de uma intervenção para iniciar o semestre no que diz respeito a infraestrutura para começar o semestre. Nós precisamos nos curso de Odontologia, Comunicação social, Educação Física e, me parece, no de fisioterapia.
Fechamento de cursos
Sávio garantiu que não irá fechar nenhum dos 14 cursos oferecidos. “Não há nenhum curso hoje com o perigo de fechamento e nem haveria possibilidade porque nós temos alunos que estão cursando matérias e esta é uma discussão muito ampla”.
Abrir novos cursos
Segundo Sávio Barbalho a abertura de novos cursos só de dará após a revitalização dos cursos que vêm passando por declínio. “Abrir novos cursos sem sanarmos as deficiências dos que hoje já se encontram abertos eu, particularmente, vejo como preocupante. Eu creio que é importante resolver a problemática dos cursos que hoje estão apresentando algumas deficiências para criar um campo favorável para a chegada de novos cursos. Então você pensa apenas no quantitativo e não se preocupa no qualitativo”, disse.